Homem em moto teria ameaçado parentes de suspeito de homicídios.
Caso vai ser encaminhado à Delegacia de Proteção à Pessoa, no Recife.
Nesta quarta-feira (19), um dos irmãos do suspeito de cometer, ao lado
da esposa e da amante, pelo menos sete homicídios em Pernambuco, entre
eles a morte e esquartejamento de duas mulheres em Garanhuns, no Agreste
do Estado, prestou queixa na Delegacia de Olinda. De acordo com a
assessoria da Polícia Civil, em depoimento ao delegado titular Paulo
Berenguer, ele disse que a família, que mora em Olinda, "está se
sentindo ameaçada". O caso vai ser encaminhado à Delegacia de Proteção à
Pessoa do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), no
Recife, que ainda não informou se vai oferecer algum tipo de apoio a
essa família ou não.
O G1 conversou com uma mulher que é,
há 30 anos, amiga da família do investigado, que tem três irmãos. Ela contou que eles moram em uma mesma casa, com suas respectivas mulheres e filhos, e que, na tarde desta terça-feira (17), um homem em uma moto apareceu em frente à residência deles. "Ele não estava armado, mas fez ameaças, dizendo que esse era só o começo da história, que eles iam pagar pelos crimes. Por isso, eles foram à delegacia pedir proteção", falou.
Segundo ela, os familiares estão sendo penalizados pela atitude do parente criminoso. "As pessoas estão confundindo tudo. A família está sendo penalizada, massacrada por algo que não tem nada a ver com eles. Os irmãos são pessoas do bem, todos instruídos, com filhos. O canibal é o canibal, eles são eles", disse.
Além das duas mortes em Garanhuns, que os investigados confessaram a autoria, o que vem criando bastante polêmica e revolta é a revelação que o trio fez à polícia, afirmando que consumia a carne das mulheres assassinadas. Eles também disseram que usavam pedaços da carne humana para rechear salgados que vendiam na cidade. Após a declaração, muitas pessoas que teriam consumido os produtos se pronunciaram.
A amiga contou, ainda, que a família cortou relações com o suspeito há alguns anos. "A família não tem contato com ele há uns cinco anos, desde que ele deu um golpe de R$ 80 mil na mãe e passou a conviver com aquelas duas mulheres. Antes, ele não era agressivo, era normal. Não sabemos a loucura que bateu nele. A família nunca aceitou nem vai aceitar o estilo dele e pede perdão às famílias das vítimas."
Pernambuco e Paraíba
Além das duas mortes ocorridas em Garanhuns, cujos corpos foram localizados no último dia 11 de abril, enterrados na casa onde o trio morava, a polícia investiga outros seis homicídios atribuídos ao grupo, sendo um deles na Paraíba e o restante, em Pernambuco. Já se sabe que um dos assassinatos teria acontecido em 2008, em Olinda.
A vítima seria a mãe da menina de cinco anos que vivia com eles. A polícia ainda não realizou buscas no local para tentar localizar o cadáver. A paternidade da criança também está sob investigação, pois duas certidões foram encontradas com ela, com nomes de pais e avós diferentes. O teste de DNA deve ser concluído até o fim deste mês.
Os detalhes dos outros crimes não foram revelados para não atrapalhar a apuração dos fatos. Sabe-se que a polícia já tem os pré-nomes das vítimas. O DHPP está coordenando as investigações. Os suspeitos estão detidos em unidades prisionais no Estado. O locais não foram divulgados para, segundo o diretor de Operações da Polícia Civil, Osvaldo Morais, os investigados não sofrerem ameaças.
Suspeito já foi absolvido de homicídio em 2010O homem investigado nesses assassinatos já havia sido acusado de homicídio em Olinda. O crime aconteceu em 1994, mas o júri popular só ocorreu em 2010, quando o réu foi absolvido a pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
O crime ocorreu no dia 28 de agosto, por volta das 22h, próximo à casa onde o acusado morava, no Bairro Novo. Segundo denúncia da promotoria, em 1997, consta nos autos da investigação que ele teria atirado em um homem, que faleceu no local e teve o corpo arrastado para uma esquina. O acusado teria dado vários chutes e pontapés no cadáver.
Na época, duas testemunhas que estavam com a vítima na hora do homicídio reconheceram o acusado na delegacia. Elas disseram, em depoimento, que não houve qualquer discussão entre a vítima e o homem, que teria confundido o trio com integrantes de uma “galera”. O acusado teria saído de casa para ver o que acontecia, já que essa “galera” tinha acabado de se envolver em uma confusão. As testemunhas informaram, ainda, que uma mulher tentou convencer o homem a entrar em casa antes de ele efetuar os disparos.
A denúncia diz também que o próprio acusado confessa ter arrastado o corpo para esse local próximo da sua residência e que saiu de casa, por volta das 1h, com a mulher, para ir a João Pessoa (PB), fatos que foram confirmados durante a investigação. O homem foi preso e acusado de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por meio que impossibilitou a defesa da vítima.
No júri popular, o MPPE pediu a absolvição do acusado, considerando o princípio "in dubio pro reo", que significa benefício para o réu em caso de dúvida. A defesa do réu arguiu negando a autoria do crime. Segundo consta na sentença, o homem foi absolvido por um conselho de sentença da Vara do Tribunal do Júri de Olinda por mais de três votos – ao todo, sete pessoas votaram.
O G1 conversou com uma mulher que é,
há 30 anos, amiga da família do investigado, que tem três irmãos. Ela contou que eles moram em uma mesma casa, com suas respectivas mulheres e filhos, e que, na tarde desta terça-feira (17), um homem em uma moto apareceu em frente à residência deles. "Ele não estava armado, mas fez ameaças, dizendo que esse era só o começo da história, que eles iam pagar pelos crimes. Por isso, eles foram à delegacia pedir proteção", falou.
Segundo ela, os familiares estão sendo penalizados pela atitude do parente criminoso. "As pessoas estão confundindo tudo. A família está sendo penalizada, massacrada por algo que não tem nada a ver com eles. Os irmãos são pessoas do bem, todos instruídos, com filhos. O canibal é o canibal, eles são eles", disse.
Além das duas mortes em Garanhuns, que os investigados confessaram a autoria, o que vem criando bastante polêmica e revolta é a revelação que o trio fez à polícia, afirmando que consumia a carne das mulheres assassinadas. Eles também disseram que usavam pedaços da carne humana para rechear salgados que vendiam na cidade. Após a declaração, muitas pessoas que teriam consumido os produtos se pronunciaram.
A amiga contou, ainda, que a família cortou relações com o suspeito há alguns anos. "A família não tem contato com ele há uns cinco anos, desde que ele deu um golpe de R$ 80 mil na mãe e passou a conviver com aquelas duas mulheres. Antes, ele não era agressivo, era normal. Não sabemos a loucura que bateu nele. A família nunca aceitou nem vai aceitar o estilo dele e pede perdão às famílias das vítimas."
Além das duas mortes ocorridas em Garanhuns, cujos corpos foram localizados no último dia 11 de abril, enterrados na casa onde o trio morava, a polícia investiga outros seis homicídios atribuídos ao grupo, sendo um deles na Paraíba e o restante, em Pernambuco. Já se sabe que um dos assassinatos teria acontecido em 2008, em Olinda.
A vítima seria a mãe da menina de cinco anos que vivia com eles. A polícia ainda não realizou buscas no local para tentar localizar o cadáver. A paternidade da criança também está sob investigação, pois duas certidões foram encontradas com ela, com nomes de pais e avós diferentes. O teste de DNA deve ser concluído até o fim deste mês.
Os detalhes dos outros crimes não foram revelados para não atrapalhar a apuração dos fatos. Sabe-se que a polícia já tem os pré-nomes das vítimas. O DHPP está coordenando as investigações. Os suspeitos estão detidos em unidades prisionais no Estado. O locais não foram divulgados para, segundo o diretor de Operações da Polícia Civil, Osvaldo Morais, os investigados não sofrerem ameaças.
Suspeito já foi absolvido de homicídio em 2010O homem investigado nesses assassinatos já havia sido acusado de homicídio em Olinda. O crime aconteceu em 1994, mas o júri popular só ocorreu em 2010, quando o réu foi absolvido a pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
O crime ocorreu no dia 28 de agosto, por volta das 22h, próximo à casa onde o acusado morava, no Bairro Novo. Segundo denúncia da promotoria, em 1997, consta nos autos da investigação que ele teria atirado em um homem, que faleceu no local e teve o corpo arrastado para uma esquina. O acusado teria dado vários chutes e pontapés no cadáver.
Na época, duas testemunhas que estavam com a vítima na hora do homicídio reconheceram o acusado na delegacia. Elas disseram, em depoimento, que não houve qualquer discussão entre a vítima e o homem, que teria confundido o trio com integrantes de uma “galera”. O acusado teria saído de casa para ver o que acontecia, já que essa “galera” tinha acabado de se envolver em uma confusão. As testemunhas informaram, ainda, que uma mulher tentou convencer o homem a entrar em casa antes de ele efetuar os disparos.
A denúncia diz também que o próprio acusado confessa ter arrastado o corpo para esse local próximo da sua residência e que saiu de casa, por volta das 1h, com a mulher, para ir a João Pessoa (PB), fatos que foram confirmados durante a investigação. O homem foi preso e acusado de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por meio que impossibilitou a defesa da vítima.
No júri popular, o MPPE pediu a absolvição do acusado, considerando o princípio "in dubio pro reo", que significa benefício para o réu em caso de dúvida. A defesa do réu arguiu negando a autoria do crime. Segundo consta na sentença, o homem foi absolvido por um conselho de sentença da Vara do Tribunal do Júri de Olinda por mais de três votos – ao todo, sete pessoas votaram.
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