sábado, 23 de julho de 2011

Protesto interdita a Avenida Olinda na volta pra casa


Moradores exibiam cartazes com dizeres como: Prisão das adolescentes revolta população

Do JC Online

 / Foto: Priscilla Buhr/ Jc Imagem

Foto: Priscilla Buhr/ Jc Imagem

Um protesto realizado por moradores da Ilha do Maruim, na noite desta sexta-feira (22), parou o trânsito na Avenida Olinda e imediações, por pelo menos 40 minutos. A população, revoltada com a apreensão de duas adolescentes, uma de 15 e outra de 16 anos, queimou pneus, exibiu cartazes com frases de protesto e fechou uma via, o que provocou um congestionamento - com início por volta das 19h30 - na entrada de Olinda.

A mãe de uma das adolescentes apreendidas explicou que foi intimada a comparecer à Justiça na última quinta-feira, junto com a filha. “Fui informada de que lá no fórum haveria uma audiência, mas, assim que chegamos, a juíza mandou levar a minha filha e a outra menina. Disseram que agora elas estão no Cenip (Centro de Internação Provisória) de Santa Luzia (Torre, Zona Oeste do Recife), mas nem consegui confirmar”, contou. As adolescentes estariam sendo acusadas de participar do assassinato de um jovem, na Ilha do Maruim, no início deste ano.


De acordo com a dona de casa, a sua filha, que tem 15 anos, cursa a 8ª série numa escola estadual e não costuma passar muito tempo fora de casa. “Ela dorme cedo, não sai muito. Na escola, todo mundo está triste com a notícia e não acredita na acusação”, declarou.

Moradores exibiam cartazes com dizeres como: “Prisão das adolescentes revolta população” e “As adolescentes pagam pelo crime que não cometeram.”

A adolescente de 16 anos mora com uma irmã que, segundo a população, estaria grávida de 9 meses e teria passado mal no momento do protesto, por isso não acompanhou o movimento até o fim. “Os pais dela (de uma das apreendidas) já estão mortos. Ela só tem a mim e à irmã para pedir ajuda. Fica muito tempo na minha casa e não observo envolvimento com criminosos”, disse uma amiga da garota.

Policiais militares e do Corpo de Bombeiros chegaram ao local minutos depois do início do protesto e logo conseguiram negociar com a comunidade e desbloquear a via. Por volta das 20h10, o trânsito voltou a fluir.

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