sexta-feira, 8 de julho de 2011

Falso médico procurado pela PF apresenta-se voluntariamente em Caruaru

Leonardo de Moura Cintra compareceu à delegacia acompanhado por advogado, prestou depoimento e foi liberado

Da Redação do pe360graus.com

Reprodução / TV Globo
Foto: Reprodução / TV Globo
Leonardo de Moura Cintra, que está sendo investigado como falso médico por ter atuado no Hospital Regional do Agreste, em Caruaru, por 10 anos, sem ter concluído o curso de Medicia, se apresentou nesta sexta-feira (08), na Delegacia da Polícia Federal (PF), na cidade do Agreste pernambucano.

De acordo com o delegado Dário Sá Leitão, que ouviu o depoimento do suspeito, Cintra estava acompanhado do advogado José Olímpio. Ele foi liberado após depor. O delegado vai conceder uma entrevista coletiva, nesta tarde, para repassar informações sobre a investigação.

ENTENDA O CASO
A fraude foi descoberta depois que Leonardo de Moura Cintra emitiu um atestado para um paciente que tinha se submetido a uma cirurgia, no Prontolinda, no Grande Recife. O documento foi conferido pela empresa em que o paciente trabalhava e o nome do médico não batia com o número do registro no Conselho Regional de Medicina (Cremepe).

A partir daí, o Cremepe também descobriu que Cintra, que tem 36 anos, atuava como cirurgião no Hospital Regional do Agreste há dez anos. Registros mostram ainda que ele chegou a ser chefe do setor de emergência do próprio hospital.

De acordo com José Bezerra , diretor do Hospital Regional do Agreste, ele foi nomeado para o HRA após uma seleção simplificada na Secretaria Estadual de Saúde. "Em 2004, em nova seleção, ele foi aprovado e também nomeado. É tanto que ele tinha duas matrículas aqui como profissional médico. Nós tivemos que atualizar o cadastro de todos os nossos profissionais e aí, quando digitamos o CRM dele, foi identificado que era de uma médica”, explicou.

A investigação é de responsabilidade da Polícia Federal. “Ele poderá ser indiciado por exercício ilegal da medicina e também por falsidade ideológica. Essas penas variam de um até cinco anos de prisão”, afirma Giovani Santoro, assessor de comunicação da Polícia Federal.

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